Somos como um rio,uma só força
Nossos afluentes eram os mesmos
Ela tornava as águas correntes e não turbulentas
E eu mostrava a transparência e inovação,sempre ramificando,explorando
Mas o rio bifurcou
Ela se torna mais estável,tranqüila...um rio reto,como que certo do caminho a fazer.
Eu não..
Longe dela sou um rio dificil de prever
Hora aguas mansas,hora completamente selvagem...
Como uma corredeira
Com águas a invadir a floresta
Eu sou um rio tortuoso,que faz muitas curvas
Sempre transparente e exposto
E a banhar as margens
Alguns afluentes são os mesmos, muitas coisas em comum
Outros não
Os rios as vezes voltam a se misturar
Mas quando as águas se chocam
Demoram a normalizar,demoram a se reconhecer algumas vezes
Algumas brigas são como as ondas do encontro dos rios
Ela parece não entender,
Mas na verdade só que acalmar o fluxo,e compreender essa voracidade com que o outro rio quer seguir...
Mas se acalmam por fim...um faz parte do outro
Eu sou parte dela,e ela faz parte de mim
Quando as águas finalmente se misturam
Sentem como é bom estar de volta
Por que a nascente é a mesma,
E seremos de certa forma, sempre o mesmo rio
E quando temos de nos separar
Não estamos assim tão longe uma da outra
Como dois rios paralelos
Correndo lado a lado
Que se bastam em um tempestade ou na seca
Por que apesar de parecerem tão iguais,são divergentes
Se completam
E um rio só vive enquanto o outro também puder seguir.